Seleção de Pessoal
Seleção de Pessoas
Segundo Chiavenato (2006) seleção constitui a
escolha do homem certo para o lugar certo. De acordo com Pontes (2010) seleção
vem a ser o processo de escolha de candidatos entre aqueles recrutados.
O processo de seleção deve ser amplamente
abastecido com candidatos em potencial pelo processo de recrutamento. Este
processo é um comparativo, de um lado as definições do perfil de cargo e de
outro as características dos candidatos, a fim de averiguar qual deles atende
as exigências do cargo (CHIAVENATO, 2006).
A triagem entre os candidatos recrutados é a
primeira etapa dentro do processo, os que passam para a segunda etapa são
submetidos a testes, tanto de conhecimento, desempenho e testes psicológicos. A
entrevista é um dos pontos principais da seleção e é o que irá averiguar a
qualificação, o potencial e a motivação do candidato ao cargo, após análise dos
candidatos e dos dados obtidos, os selecionados, que serão poucos, passam por
uma entrevista técnica, que irá transcorrer com o supervisor, gerente,
coordenador ou encarregado da área requisitante a fim de realizar uma análise
profunda dos conhecimentos do candidato (PONTES, 2010).
O papel das entrevistas no processo seletivo:
Cada uma das técnicas de seleção tem como objetivo
verificar um determinado aspecto da personalidade do candidato. Os testes
psicométricos permitem identificar e avaliar aspectos da personalidade e
aptidões do candidato. As técnicas vivenciais procuram avaliar como o candidato
reage a situações que podem ser encontradas no cotidiano do cargo pretendido e
também como cada candidato se relaciona com as demais pessoas.
Já a entrevista, de acordo com o momento no qual é
utilizada, pode atender a objetivos distintos.
Entrevistas de triagem, em geral, realizadas no
processo de recrutamento, ou como primeira fase do processo de seleção, buscam
confirmar as informações detalhadas pelo candidato em seu currículo ou na ficha
de solicitação de emprego. Permitem também ao selecionador formar uma primeira
impressão a respeito do candidato. Além disso, o entrevistador pode fornecer ao
candidato, no momento da entrevista de triagem, informações sobre o cargo
disputado, sobre a empresa e sanar dúvidas sobre o processo, verificando o
interesse do candidato em participar da seleção.
É comum o uso de entrevistas estruturadas, com um
roteiro de perguntas previamente definido. No final do processo de seleção, o
candidato deve ser entrevistado pelo gestor da área na qual trabalhará caso
seja admitido. Essa entrevista possibilita identificar se o candidato se
adaptará à cultura da área, além de permitir uma avaliação dos conhecimentos
técnicos do cargo pretendido. A entrevista final normalmente não segue um
roteiro, assumindo a forma quase de um bate-papo entre gestor e candidato.
Tipos de entrevistas de seleçãoEntrevista não estruturada
A entrevista não estruturada é uma entrevista não
dirigida. É informal e dá maior abertura ao candidato. Nesse tipo de
entrevista, é importante deixar o candidato à vontade para expressar suas
opiniões. É uma oportunidade de conhecer a pessoa. O entrevistador fará um
esboço dos tópicos que serão abordados. Demonstrará interesse e empatia pelo
candidato, iniciando a entrevista com perguntas gerais, não comprometedoras,
tais como: “conte-me sobre seu último trabalho”.
O entrevistador sondará o candidato com perguntas
do tipo: “como as mudanças gerenciais afetaram o seu departamento?”. A partir
dessa primeira sondagem, o entrevistador deverá investigar alguns pontos
abordados pelas respostas iniciais que podem ser importantes no processo de
seleção. O entrevistador deverá fazer perguntas mais específicas que forneçam
informações mais definidas como, por exemplo: “Quer dizer que você e o seu novo
chefe tinham estilos muito diferentes e decidiram que uma mudança seria
melhor?”
As entrevistas não estruturadas apresentam algumas
desvantagens. O entrevistador pode esquecer-se de abordar algum determinado
ponto importante. Dependendo da interação, pode ser muito longa ou muito curta.
Por dependerem muito das condições do momento tanto do candidato quanto do
entrevistador, essa modalidade pode resultar em uma seleção parcial,
dificultando a comparação entre diversos candidatos.
Entrevista planejada
Utilizadas com frequência no processo de seleção, a
entrevista planejada ou Estruturada leva o entrevistador a conhecer melhor o
candidato que já passou pela pré-entrevista. Essa modalidade exige formulação
de questões abertas que estimulem o candidato a fornecer uma resposta
elaborada, baseada em suas competências. Devem ser evitadas perguntas fechadas,
que levem a respostas do tipo “sim” ou “não”.
Uma pergunta do tipo: “você começou a trabalhar com
dezoito anos?” – leva exclusivamente a uma resposta assertiva ou negativa.
Perguntas desse tipo não possibilitam avaliar o candidato. Já a pergunta “Como
você determina suas prioridades” ou “como você atende um cliente que está
insatisfeito com a empresa” leva a longa resposta por parte do candidato, que
permite avaliar diversos aspectos de sua personalidade.
As entrevistas estruturadas apresentam uma série de
vantagens: evita que o entrevistador se esqueça de abordar algum ponto
importante facilita a comparação entre as entrevistas de diversos candidatos,
permite estabelecer uma maior empatia e conexão com o candidato.
Entrevista Comportamental
Também chamada de entrevista por competências, a
técnica permite avaliar as habilidades do candidato, desenvolvidas ao longo de
sua trajetória profissional, referentes aos cargos que ocupou.
Essas perguntas, que exigem que o candidato
descreva as ações, comportamentos e sentimentos em diversos momentos de sua
carreira, tornam a entrevista comportamental perfeitamente
adequada para investigar qual o provável comportamento do
candidato, em caso de contratação.
Perfil Comportamental
O selecionador consegue comparar e classificar as
competências identificadas no candidato com a descrição do perfil do cargo. A
entrevista deve ser planejada de forma a utilizar perguntas abertas específicas
ligadas a situações profissionais, que levem a respostas com verbos de ação no
passado. Uma pergunta do tipo: “Quando a empresa lançou o novo produto e
determinou metas agressivas, o que você fez para atingi-las? Qual foi o
resultado?” Leva o candidato a uma resposta completa composta por três partes:
- Contexto: como era
a situação
- Ação: o que
ele fez
- Resultado: quais os
resultados obtidos a partir da ação tomada
O planejamento necessário para desenvolver uma
entrevista comportamental é bem detalhado e deve começar pela análise
do perfil de competências do cargo. Caso a descrição do cargo não explicitas as
competências necessárias, é importante discutir com a área solicitante e
construir, em conjunto, uma nova descrição mais detalhada. Definidas as
competências, o selecionador deve traduzi-las em comportamentos de um perfil a
ser identificado e escolhido.
Se a vaga exige que o candidato seja capaz de lidar
com a rápida mudança tecnológica e aprender constantemente, o selecionador deve
desenvolver uma pergunta do tipo: “Descreva-me como você fez para se
manter atualizado e se adaptar às mudanças que ocorreram na forma de atuação de
seu cargo no último ano”.
O selecionador deve montar um roteiro de entrevista
em que sejam incluídas perguntas que possibilitem a identificação de
competências técnicas e comportamentais. Durante a entrevista é importante que
o selecionador sempre peça ao candidato que exemplifique suas respostas
utilizando exemplos de sua vida profissional, incluindo o contexto, a ação e o
resultado obtido.
A entrevista comportamental permite
ao selecionador comparar os diversos candidatos quanto a suas competências de
modo a facilitar a opção final. Vale notar ainda, que este tipo é mais objetivo
e sistemático, que proporcionam uma precisão do desempenho futuro e aumenta a
chance de uma contratação de sucesso. Porém, o entrevistador deve estar atento
a respostas ensaiadas e pouco sinceras do candidato. Se aquele profissional for
experiente utilizará perguntas cruzadas que permitam identificar incoerências
nas respostas como forma de garantir uma boa entrevista.
Entrevista situacional ou de simulação:
Nem sempre a entrevista comportamental conseguirá
avaliar todas as competências necessárias para o cargo. O candidato pode estar
buscando uma nova colocação, diferente de sua experiência anterior. Pode ainda
ter sido recrutado internamente,
que disputa uma promoção, e, por isso, não tem experiência no cargo. Nesse
caso, o profissional de seleção pode utilizar a entrevista situacional,
modalidade que conta com exercícios ou simulações de situações que podem
ocorrer no cotidiano da função pretendida. Permite ao selecionador identificar
como o candidato reagiria a tais situações.
O selecionador deverá descrever para o candidato
uma determinada situação real e lhe pedir que descreva as ações e
comportamentos que adotaria no momento. A descrição da situação pode envolver
memorandos, relatórios, planos de ação, anotações ou textos que exemplifiquem o
que ocorre no desempenho da função.
Um exemplo de entrevista situacional é entregar ao candidato a uma vaga de vendedor, uma tabela de preços fictícia e uma proposta de compras de um cliente que deseja comprar um grande volume de um determinado produto a um preço abaixo da tabela. O entrevistador deve pedir para o candidato calcular o valor da proposta e os descontos necessários para atender ao pedido, e perguntar se o candidato aceitaria a proposta, mediante uma justificativa da sua decisão.
Um exemplo de entrevista situacional é entregar ao candidato a uma vaga de vendedor, uma tabela de preços fictícia e uma proposta de compras de um cliente que deseja comprar um grande volume de um determinado produto a um preço abaixo da tabela. O entrevistador deve pedir para o candidato calcular o valor da proposta e os descontos necessários para atender ao pedido, e perguntar se o candidato aceitaria a proposta, mediante uma justificativa da sua decisão.
Fonte: rhportal
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